quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Hipotálamo por uma noite (na íntegra, a pedido de uma família)

Uma (longa) noite destas, no mural do Vítor...:


V: Tenho uma memória tão boa, mas tão boa, que às vezes até fico com dores de cabeça.
CDG: http://www.youtube.com/watch?v=RCD14IrOcIs (Pixes, Where Is My Mind)
CDG: Percebo-te perfeitamente.
V: (piscadela)
CDG: Amanhã, alguém há-de passar por aqui e apreciar e aplaudir todo este nosso esforço em subverter a fastidiosa existência a que nos condenaram. Podem levar muita coisa, mas nos mapas do tesouro deles não está assinaldo com um X o meu pensamento, e o meu pensamento é, efectivamente, a única pátria a que me entrego de corpo e alma. Entretanto, e como escrevi há dias no meu (i)mural, enterremos a crise.
CDG: http://www.youtube.com/watch?v=Lzlz6hdm16k (Caixões Vilaças + Mário Cortez)
V: O teu e o meu pensamento juntos são o nosso, sabias? Parabéns a nós, portantos.
CDG: Completamente de acordo, meu bom amigo... Escondem-se atrás de desprezos convenientes, refugiam-se em falsas indiferenças, mas os que nos visitam carregam a mesma convicção: Nós invadimos consciências.
V: Sem bater à porta e dando-lhes uma carga de porrada.
CDG: Por falar em porrada, aqui vai disto. http://www.youtube.com/watch?v=MDUQW8LUMs8 (Vídeo de Chuck Norris)
CDG: Depois deste bocado do chico, só me resta limpar a alma. Vou rever o Reservoir Dogs (depois de uma cigarrada, é claro...)
V: Agora, não consigo ver. Estou com o telemóvel...
V: Não tenho tabaco.
V: Nem sono...
CDG: Queres um cigarro?
V: Deixa estar...
CDG: Quanto ao resto, sou especialista em não ter sono... Admito que nestas circunstâncias o cigarro ajuda, mas um bom filme também. Podes sempre ver um filme sobre cigarros...
V: Obrigado, mas não suportaria o cheiro.
CDG: É por isso que não vejo filmes do chico norris, nem na casa de banho...
V: Não foi esse gajo que inventou os Caldos Que Norris? Se foi, também não gosto.
CDG: Foi ele. E o Copperfield os Caldos Maggi.
V: Cautelas e Caldos Maggi cada um toma os que quer.
CDG: Sim, e não é com ovelhas que berram que se apanha moscas.
V: Mas olha que a apanha da azeitona é uma actividade respeitável.
CDG: Concordo, mas se roma e pavia não se fizeram num dia, também os serões na província são servidos de boa disposição.
V: Os serões, nunca serão, por mais que tentem. Vagueiam pela noite à procura do ser. Quando chocam com a luz, morrem. RIP
CDG: A supremacia do veneno da cobra capelo face ao indefeso inoculado é uma lição da Natureza. De repente, é o termo, e no fim, somos diferentes dos outros? A derradeira batida do coração é um inevitável rendez-vous dos vivos.
V: Gostava de ter a fé da Corporativa para acreditar na vida. Não sabia? Pois, fique sabendo: tudo mentira! Somos MariaNetas, que o Sol, inquilino do Universo com, pelo menos, dois meses de rendas em atraso, utiliza para se divertir nos dias mais mornos.
CDG: Visto assim, a vida é o menu desse festim cósmico.
V: O problema é que aquele calor de fogo ardente pode causar-lhe vótimos. Se acontecer, é fugir! Nem a Arca de Puré nos salvará!
CDG: À barca, à barca, houlá! Gil Vicente já o dizia...
V: E cantava de galo...
CDG: Cantava, mas era mais teatro que outra coisa. Já na altura havia um pessegueiro na ilha e do que se falava era das sete saias da Nazaré. Às Caldas, nem lá iam, com medo. Não havia ganga.
V: Na verdade, a Princesa do Rio Coiso é tão bonita que dá vontade de comer atum. Ao natural, sem abrir a lata.
CDG: Em Oz deram cabo do Homem de Lata por causa de duas rodelas de ananás. O tipo já uma vez tinha apitado no aeroporto, nos detectores de fruta. Ia carregadinho de pêssegos em calda...
V: Provavelmente, acusou no raio (X) que o parta. Pouca vergonha.
CDG: Pouca vergonha é pouco... O mundo está como está por causa de coisas assim. Mas for falar em fruta, quem tem sorte é o Steve Jobs, que nunca há-de perder os empregos. As maçãs são uma segurança, mas as pêras também...
V: http://www.youtube.com/watch?v=jZOrkPIZ1JU (Career Opportunities, The Clash)
CAR: E eu que ando atrás de alguém me diga que já me descobriu o botão que me pode desligar o meu cérebro, Só assim para conseguir pará-lo!
V: E com esta me retiro, na carreira 76, porque Leça da Palmeira será sempre o caminho. Até para o cemitério, pois é lá que tenho o jazigo de família.
CDG: Hipotálamo.
V: Mas devagarinho, por favor.
CDG: Sempre gostei mais do 44. Não passava por aquilo. Um abraço, senhor Vítor.
V: De acordo, D.ª Corporativa. Passe (dos STCP) muito bem.
CDG: Seria dona se não fosse Dão (tinto!). Mais uma vez, desejo-lhe um bom descanso, onde sei que mais gosta de repousar, nos braços de Morfeu...
V: Por acaso, ia deitar-me agora mesmo e reparei que tinha um camaleão na cama. Eu juro, eu juro que lhe vi a juba! Vou dormir no sofá. E contar carneiros mudos, a ver se não acordo as crianças.
CDG: Carneiros Mudos é uma canção dos Xutos...
V: Chamando à atenção, os marotos.
CDG: Bom, é o fim. Reservei um último pensamento para a questão da vela. Vá lá, veja e não se queime. Renovo votos de boa saúde e cumprimentos a todos.

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